O principal objectivo é fomentar o desenvolvimento da produção frutícola na Costa Oeste da ilha da Madeira, com principal enfoque nas pomóideas, designadamente de variedades regionais de pêro/maçã e de pêra, passando por acções de recolha de campo e propagação vegetativa dessas variedades, nomeadamente através dos principais métodos existentes: estacaria, enxertia (garfo, borbulha, encostia), mergulhia (solo ou aérea) ou micropropagação (multiplicação in vitro).
Protege-se o património genético vegetal através da preservação de espécies, pilar de um capital natural e agrícola a proteger, base da segurança alimentar e um contributo para o desenvolvimento económico. Tal preservação ecológica e vegetal é condição base para a sustentabilidade de um produto como a «Sidra da Madeira», através da produção de uma sidra diferenciada, autêntica e distinta, de qualidade superior, como produto endógeno local. As acções de recolha e preservação fazem-se em parceria e cooperação com outras instituições, nomeadamente os estabelecimentos e educação e ensino.
À Abelhinha cabe ainda fomentar acções de sensibilização para a descoberta e afetação das variedades regionais com potencialidades para a mesa ou produção, nomeadamente pêro/maçã e pêra; promover acções de formação profissional; publicar ou patrocinar a publicação, por si só ou em colaboração com outras entidades públicas ou privadas, de boletins, jornais, revistas ou anuários, sobre assuntos de interesse dos seus associados;
Criar, manter ou patrocinar, por si só ou mediante protocolos e parcerias com universidades, laboratórios, ou quaisquer outras instituições de relevo, actividades de natureza científica e de natureza cultural e social; promover e/ou participar em exposições, feiras, mostras e actividades similares, para divulgação junto do público em geral do produto endógeno local; promover e apoiar a comercialização dos produtos agrícolas dos seus associados e, em particular, da sidra da Madeira e de outros produtos ou subprodutos da sua fileira produtiva; fomentar o desenvolvimento sustentável e a literacia ambiental, com práticas de preservação ecológica como as experiências que procurem conhecer as influências das alterações climáticas e experiências de adaptação às mesmas; fomentar experiências que evidenciem a potencialidade agroflorestal do território em causa, com recurso a campos experimentais de plantação a cotas mais elevadas, entre outros objectivos.
É uma acção que, em boa verdade, promove o reconhecimento do valor da Natureza, em forte ligação e gosto pelo contacto com o Meio Natural do campo, numa forte proximidade às plantas, árvores e animais e a todas as sensações, ensinamentos e tradições que o meio natural e rural transportam, com os seus valores, experiências, saberes ancestrais e sabedoria de vida. Deste modo, fomenta-se a literacia ambiental e a tomada de consciência sobre as alterações climáticas e a adaptação humana e vegetal a essa realidade.